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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Não tenho tido muitos gostos ultimamente...
Não tenho gostado da vida, muito menos das pessoas.
Nada tem tido um significado, os sentimentos foram descarnados...
Entretanto, ao menos uma descoberta fiz!
Descobri que gosto de gente, gente inadequada, vulgarizada...
Gosto de gente atrapalhada, desconcertada, destronada...
Gosto de gente desrotulada, escanteada...minimizada!
Sim! Gosto, confesso que gosto...Gosto de gente que a nada se rende e que em nada se enquadra...
Gente desmoralizada, gente infiel a tudo e fidedigna de nada...
Gente apenas, não massificada.
 

domingo, 2 de junho de 2013

É engraçado como aprendi a blindar minha alma...
Nada ou quase nada me machuca, mas tudo ainda me indigna.
Não me interessa mais ganhar, e sim jogar.
Aprendi que a brincadeira pode ser muito mais excitante que o troféu,
Que o gozo me satisfaz mais que a luta
E que ninguém é substituível, agora inesquecível é questão de gosto próprio...

sexta-feira, 24 de maio de 2013

"Ao perder a ti, tu e eu perdemos
Eu porque tu eras o que eu mais amava
E tu, porque eu era a que te amava mais
Contudo, de nós dois, tu perdeste mais do
que eu
Porque eu poderei amar outras como amava
a ti
Mas a ti não te amarão como te amei "
Ernesto Gardenal

domingo, 12 de maio de 2013

Eu que pensei poder revolucionar o mundo com meus pensamentos...
Eu que acreditei em sonhos e respirei utopia...
Eu me vi obrigada a ser o que não era...
Acabei com a minha própria poesia...
Eu recalcitrante vesti a máscara social
A hipocrisia tornou-se em mim marca real
De quem tanto sonhou e nada fez por si

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Intimidada?
Logo eu...Destemida, crítica cortante do chauvinismo adiposo de tantos homens...
Sim, hoje eu senti-me intimidada, não por ser mulher, mas, por ser julgada por mulheres.
Inacreditável como a sociedade condiciona o homem a tão mera estupidez, em que se preconiza a hipocrisia

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Felicidade

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada:
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa, que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim : mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.
Vicente de Carvalho

domingo, 7 de abril de 2013


"Ao perder a ti, tu e eu perdemos
Eu porque tu eras a que eu mais amava
E tu, porque eu era o que te amava mais
Contudo, de nós dois, tu perdeste mais do
que eu
Porque eu poderei amar outras como amava
a ti
Mas a ti não te amarão como te amei eu"
(Ernesto Gardenal-Poeta nicaraguense )  

sexta-feira, 29 de março de 2013

Hoje foi um dia realmente estranho...
Talvez, pela chuva recorrente que batia em minha janela durante o dia todo...
Ora, garoa fina...ora, lavagem intempestiva do quintal...
Meus pensamentos estavam acompanhando a chuva, fazendo verdadeiros redemoinhos dentro de mim, e eu, pasma nem sabia como reagir a eles...como processá-los...
Senti hoje, uma carência imensurável...E nem era de gente, pois isso havia na minha casa, era de alma mesmo...de entendimento, de um olhar dialogável e menos julgável...
Foi algo que acho, julgo ao menos, que nunca vivi, senti...
Estava vazia por dentro, com o coração vazado...Embora, estivessem ao meu lado pessoas que amo...
Mas, era como se esse amor não transcendesse e a mim, a mim... Não chegasse, não chegou...
Estava esgotada de sentimentos...Simplesmente vazia de afeições, de mim mesma...
Era uma mulher fria, num dia frio, gélida por dentro e por fora...
Logo eu, que tanto fui efusiva em minhas emoções...Estava vazia delas, hoje.

sábado, 23 de março de 2013


Versos Íntimos
Augusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!