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quarta-feira, 23 de abril de 2014

Hoje foi literalmente um dia péssimo. Não tente me confortar!
Passei por uma série de irritações, culminei em ódio.
A maior das decepções é ter de conviver com humanos.
Ter que conviver-me também é insuportável por vezes.
Não me console! Apenas não!
Cansei de rótulos também, essa foi outra conclusão em que cheguei.
Simplesmente cansei!
Depois de um belo dia cinzento, neblinante e frio,
Não a nada que não se cure com um bom chá.
Angustiada, libertei-me.
Fui puta, virei puta, devassa.
Procrastinei e impensadamente, doei .
Doei demasiadamente, entreguei cada célula do meu ser ao estresse de seus carinhos.
Em vão, não houve alento nem sequer anúncio de adeus.
Abri-me por completa, revirei-me, contorci. Desfaleci por horas.
Gastei saliva, nem tive orgasmo.
Vivi entrega e entusiasmo, de um amor que nunca esteve ali.
E a pior de todas as dores nem ao menos foi a ausência, mas sim a indiferença.
A plena inexistência na presença.
A dor de não te ter aqui.
Impensadamente me dispersei, derramei, transbordei.
Contudo, a vida é transtorno e aurora.
Tritura nossas ilusões e com o vento nos acaricia.
Deixemos de melancolismos.
Estou bem, como disse: não há nada que um bom chá não cure.
Eis apenas um fato: nos encontraremos mais tarde e ei de ser a rainha do meu templo quando a ti negares o meu gozo.